Pequim - As forças de segurança chinesas abriram fogo nesta segunda-feira (23/1) contra uma manifestação em uma região tibetana da China. Na ação, pelo menos uma pessoa morreu e dezenas ficaram feridas, segundo a ONG Free Tibet.
O tiroteio, o mais grave desde os distúrbios de 2008 no Tibete, ocorreu ao meio-dia (1h de Brasília) na província de Sichuan (sudoeste), informou a ONG, citando testemunhas e acrescentando que a situação continua tensa no local. "De acordo com testemunhas, um tibetano chamado Yonten, de 49 anos, morreu com um tiro", indicou a organização de defesa dos tibetanos. Outros 30 tibetanos foram feridos por balas, um deles no abdômen.
O governo tibetano no exílio, cuja sede está em Dharamsala (norte da Índia), confirmou em seu site a morte de Yonten e os vários feridos depois dos disparos indiscriminados da polícia. Outras testemunhas falaram em mais mortos, segundo o governo exilado.
A ONG, com sede em Londres, disse que o protesto começou em resposta à prisão de muitos tibetanos que entregavam panfletos pedindo liberdade para a região.
O grupo acrescentou que o protesto continuou na tarde desta segunda-feira e que tibetanos de diferentes lugares tentavam chegar ao monastério de Draggo, na cidade de Ganzi, onde ocorreu a manifestação reprimida violentamente. "A situação pode piorar", afirmou à AFP Stephanie Brigden, diretora da Free Tibet. A polícia e as autoridades locais não quiseram se manifestar até o momento.