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Legisladora americana que sobreviveu a tiro no Arizona deixa o Congresso

WASHINGTON - Gabrielle Giffords, a legisladora americana que sobreviveu a um tiro à queima-roupa um ano atrás, durante ato político em Tucson (Arizona, oeste), anunciou neste domingo que deixará o Congresso na próxima semana.

Em vídeo gravado para seus seguidores, difundido no YouTube, a congressista democrata afirmou: "Tenho mais trabalho a fazer na minha recuperação, razão pela qual para fazer o melhor para o Arizona, deixarei o cargo esta semana".

Giffords precisou lutar pela vida após ser atingida na cabeça pelo disparo feito por um homem em uma aparente tentativa de assassinato antes que ele descarregasse a arma contra o público reunido em um ato em frente a um supermercado de Tucson.

Seis pessoas morreram no ataque cometido em 8 de janeiro de 2011, entre elas um juiz federal, uma menina de 9 anos e um membro da equipe da congressista.

"Não lembro muito desse dia horrível, mas nunca esquecerei a confiança que depositaram em mim para representá-los. Obrigada por suas orações e por me dar tempo para me recuperar", afirmou Giffords, cuja fala ainda é vacilante e confusa.

"Estou melhorando a cada dia. Meu ânimo está elevado. Vou voltar e vamos trabalhar juntos pelo Arizona e por este grande país", acrescentou.

Em março, o suposto agressor, Jared Loughner, foi declarado mentalmente incapaz para ser julgado. Especialistas descobriram que o jovem de 23 anos era esquizofrênico e incapaz de agir em defesa própria ou compreender processos judiciais.

Giffords fez um emocionante retorno à Câmara de Representantes, em agosto passado, para votar o polêmico compromisso da dívida, sendo ovacionada de pé por colegas democratas e republicanos.

No vídeo de dois minutos de duração, ela declarou: "muitas coisas aconteceram no último ano. Isso não podemos mudar. Mas sei que nos temas pelos quais temos lutado, podemos mudar as coisas para melhor".