Islamabad - O ex-presidente do Paquistão Pervez Musharraf pode adiar seu retorno planejado do exílio auto-imposto depois que Islamabad advertiu que, caso retornasse, ele seria preso, informou um assessor próximo nesta quinta-feira (19).
Mohammad Amjad, vice-presidente sênior da Liga Muçulmana do Paquistão, afirmou que "nenhuma decisão foi tomada", mas disse que o general fará um anúncio sobre seus planos "mais tarde, talvez hoje".
"Seus amigos e dirigentes do partido querem que ele adie (a volta) por algum tempo. Isso foi discutido ontem em um encontro e foi transmitido a ele", disse Amjad.
Musharraf prometeu voltar para casa entre 27 e 30 de janeiro para disputar as eleições gerais, amplamente esperadas, num momento em que o governo civil do Paquistão afunda em uma grave crise, acuado pelos militares e pelo judiciário.
Na quarta-feira, o ministro do Interior Rehman Malik disse à Câmara Alta do Parlamento que Musharraf seria preso se pousasse no Paquistão.
"Existem três casos registrados contra ele. Ele foi nomeado nestes casos, então, em última instância, ele será preso", disse Malik.