Bruxelas - A Comissão Europeia (CE) respondeu nesta segunda-feira (16) à agência Standard Poor;s, dizendo que é errôneo rebaixar a nota de nove países da Eurozona sob a alegação de que o plano anticrise europeu só contempla medidas de austeridade e rigor fiscal e não aponta o estímulo ao crescimento.
"A ideia de que só tomamos medidas em relação ao rigor fiscal é errônea", disse o porta-voz comunitário, Olivier Bailly, durante coletiva de imprensa.
Segundo o porta-voz, os líderes europeus também contemplam uma estratégia "baseada na consolidação e reformas estruturais". E principalmente as medidas para impulsionar o emprego e reativar o crescimento "foram colocadas em prática em estão dando resultados", disse.
Por tudo isso, cremos que o anúncio da SP;s de rebaixar a nota de mais da metade dos países da Eurozona ocorre em um "momento surpreendente".
Nesse sentido, Bailly criticou a decisão da agência, dizendo que ela não levou em conta todos os fatores, como os recentes resultados das contas públicas dos países da Eurozona.
Na sexta-feira, a Standard and Poor;s (SP;s) reduziu a nota de nove países da Eurozona, inclusive de França, Itália e Espanha - 2;, 3; e 4; economias do bloco -, alegando que o plano anticrise desses países é insuficiente.
França e Áustria perderam o precioso Triplo A, recuando suas notas em um escalão, para AA%2b.
O castigo foi maior para Espanha, Itália e Portugal, que recuaram dois escalões.
A União Europeia, salvo a Grã-Bretanha, acordou em dezembro medidas para reforçar a união fiscal da Eurozona, entre elas incluir nas Constituições o princípio do equilíbrio orçamentário, com sanções automáticas para os países cujo déficit fiscal superar 3% de seu PIB.