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EUA e Israel temem ações terroristas em pontos turísticos da Tailândia

Os Estados Unidos e Israel alertaram ontem para os riscos de ataques terroristas a pontos turísticos da Tailândia, principalmente em sua capital, Bangcoc. Logo após a recomendação para que os cidadãos dessas nações não visitem o país, as autoridades anunciaram a prisão de dois homens de origem libanesa e com possível ligação com a milícia xiita Hezbollah, com sede no Líbano. Os dois estariam planejando atentados na nação asiática. Confusas, fontes do governo tailandês confirmaram as detenções, mas descartaram a existência de uma ;ameaça de ataque imediato;. O Itamaraty não emitiu nenhum alerta específico para os brasileiros.

Sem dar muitos detalhes, o vice-premiê tailandês, Chalerm Yoobamrung, declarou que os libaneses suspeitos entraram no país ;recentemente; e, desde então, estavam ;sob observação;. Yoobamrung disse que seu governo agiu em cooperação com os Estados Unidos. Uma investigação está sendo conduzida, mas não foi revelado por que os militantes pretendiam atacar Bangcoc. A capital atrai muitos turistas ocidentais, principalmente por conta de sua agitada vida noturna e, apesar das turbulências políticas que enfrenta, ameaças de ataques a estrangeiros são raras.

A primeira reação do governo local foi de negação imediata de um atentado sério. Mais tarde, ele admitiu os alertas. Em entrevista ao jornal local Thai Rath, o ministro da Defesa, Yuthasak Sasiprapha, declarou que a segurança seria reforçada na noite de ontem. Segundo ele, cidadãos israelenses temiam ser alvos de atentados que poderiam ocorrer entre 13 e 15 de janeiro, o que levou os Estados Unidos a também alertarem seus cidadãos.

A mensagem urgente emitida pela Embaixada dos EUA afirmava que norte-americanos ;deveriam manter discrição em áreas públicas, particularmente naquelas frequentadas por turistas estrangeiros;. O Departamento de Contraterrorismo em Israel, por sua vez, pediu para que seus cidadãos não viagem a Bangcoc ;no futuro próximo; e evitem ;aglomeração em locais conhecidos, além de manter atenção para pacotes suspeitos; na capital tailandesa.

A Tailândia, país de maioria budista, tem vivido um clima de tensão nos últimos anos desde que grupos separatistas muçulmanos do sul retomaram a luta armada, em 2004. Eles reivindicam a criação de um Estado islâmico. Estima-se que desde então, cerca de 4,5 mil pessoas já tenham morrido durante os conflitos. No ano passado, um ataque à bomba matou dois monges budistas na província de Yala.