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Biópsia de Kirchner mostra que primeiro diagnóstico estava errado

O dia não poderia ser melhor para a presidente argentina Cristina Kirchner. Além de ter alta médica do Hospital Austral de Pilar, recebeu a notícia de que, ao contrário do que se imaginava, ela não sofria de câncer. Operada na quarta-feira para retirar nódulos na glândula tireoide, Kirchner entrou na sala de cirurgia com o diagnóstico de tumor maligno. Mas, de acordo com o porta-voz da Presidência, Alfredo Scoccimarro, a análise histopatológica definitiva, feita apenas depois da retirada dos nódulos, descartou a presença de células cancerígenas, ;modificando o diagnóstico inicial da punção;.

Segundo Scocciamarro, a presidente, de 58 anos, ;descansou normalmente e se encontra em ótimo estado geral;. O jornal de Buenos Aires Clarín informou que a presidente deixou o hospital pela manhã, a bordo de um helicóptero, e seguiu para a residência de Olivos. Uma lona verde serviu de cerco para evitar filmagens e fotos de Kirchner. Agora, a presidente vai descansar em casa e não precisará mais da administração de iodo radioativo, terapia pela qual teria de passar caso estivesse mesmo com câncer.



Kirchner está de licença médica até 24 de janeiro, período durante o qual o vice-presidente Amado Boudou fica no comando do Executivo. Como não terá mais de fazer iodoterapia, é possível que a presidente retome suas funções antes do previsto, mas a Casa Rosada não confirmou se a licença médica será encurtada.

Extração

Em dezembro, uma punção diagnosticou a presidente com câncer de tireoide e, logo em seguida, foi agendada a cirurgia. Durante a operação, que durou três horas, ela esteve acompanhada por seus filhos Máximo e Florença, além de outros familiares, incluindo a cunhada, a ministra da Ação Social Alicia Kirchner, irmã do ex-presidente Néstor Kirchner.

A cirurgia à qual a presidente se submeteu, sob o comando do médico Pedro Saco, foi realizada por oito profissionais. A tiroidectomia total consistiu na extração da glândula tireoide, que fica dentro do pescoço, ao redor da traqueia. Os cirurgiões também extirparam os nódulos linfáticos adjacentes, como medida preventiva.

Cerca de 200 seguidores que faziam vigília em frente ao hospital desde terça-feira aplaudiram e cantaram quando o diagnóstico de câncer foi descartado. Os cidadãos argentinos, munidos de bandeiras, faixas e imagens sacras, afirmaram que nem mesmo o calor forte que faz na capital do país os desanimou durante os cinco dias em que ficaram na parte externa do Austral de Pilar. Sentados em cadeiras desmontáveis e regados a chimarrão, afirmaram que ;fizemos isso pelo carinho que temos por Cristina;. No comunicado à população, a presidente agradeceu ;a Deus e a todo o povo argentino pelas bênçãos recebidas;.