Assunção - O presidente paraguaio, Fernando Lugo, decretou emergência sanitária animal na cidade do departamento de San Pedro na qual foi declarado um foco de febre aftosa na terça-feira (3), informaram fontes governamentais nesta quarta-feira (4).
A emergência foi declarada em Amistad com o objetivo de acabar com o vírus, o segundo descoberto em pouco mais de três meses na mesma região, cerca de 400 km ao norte de Assunção.
As autoridades sanitárias paraguaias informaram o retorno da doença à Organização Internacional de Epizootia (OIE), encarregada da saúde animal.
O governo do Paraguai, um dos 10 maiores exportadores de carne do mundo, ordenou na terça-feira o sacrifício de cerca de 150 bois de um estabelecimento pecuário de Amistad, onde ocorreu o retorno da doença, a cerca de 30 km de outro local onde foi denunciado um primeiro foco em 18 de setembro de 2011.
Na ocasião, o Serviço de Saúde e Qualidade Animal (Senacsa) ordenou o sacrifício de cerca de 1 mil animais e pagou uma indenização ao proprietário.
No entanto, na situação atual, a instituição resolveu não compensar o dono dos animais, identificado como Gustavo Trugger, por um suposto ocultamento da doença.
As fábricas processadoras de carne interromperam seus trabalhos nesta quarta-feira, situação que afetará centenas de funcionários, revelaram porta-vozes da Associação Rural do Paraguai (ARP).
O criticado chefe da Senacsa, Daniel Rojas, responsabilizou a "gestão irregular" de uma comissão de saúde animal do departamento de San Pedro que está sob a administração dos próprios pecuaristas.
O primeiro foco, em setembro, representou uma perda de 300 milhões de dólares à indústria de carne paraguaia pela paralisação das exportações.