MADRI - A audiência judicial, na qual será ouvido o genro do rei da Espanha, Iñaki Urdangarin, como parte de uma investigação sobre corrupção, foi adiada do dia 6 para o dia 25 de fevereiro, informou neste sábado o Tribunal Superior de Justiça das Ilhas Baleares.
O juiz de instrução José Castro Aragon recebeu "solicitações dos advogados, alegando falta de tempo hábil para tomar conhecimento do processo", explicou o tribunal em comunicado. O magistrado também decidiu retirar o sigilo judicial do caso.
Iñaki Urdangarin, duque de Palma, vai depor em Palma de Mallorca, na presença de seu advogado, Mario Pascual Vives, no dia 25 de fevereiro às 9H00, hora local (6H00 de Brasília).
Iñaki Urdangarin, ex-campeão de handebol de 43 anos, casado com a infanta Cristina, a mais nova das filhas do rei Juan Carlos e da rainha Sofia, foi citado na investigação por corrupção no qual está envolvido o Instituto Noos, uma empresa que presidiu entre 2004 e 2006.
A empresa teria cobrado 2,3 milhões de euros para a organização de um congresso sobre turismo e esporte que ocorreu em 2005 e 2006. Diego Torres, então sócio de Urdangarin, já foi acusado no caso.
Convidado pelo rei desde 2006 a abandonar a presidência de Noos, o duque de Palma aceitou neste mesmo ano um cargo da Telefónica o que o obrigou a se mudar para Washington em 2009, onde ainda vive com a família.
Na quarta-feira, a Casa Real publicou suas contas pela primeira vez desde o advento da democracia na Espanha. A decisão foi interpretada pela imprensa como um gesto de transparência, num momento em que o caso Urdangarin mancha a imagem da família.