WASHINGTON - Os Estados Unidos acusaram a Síria nesta terça-feira de ter intensificado a repressão antes da chegada de observadores árabes com o objetivo de monitorar um acordo para acabar com nove meses de violência.
"É uma situação horrível na qual a violência aumentou no curso de vários dias. Obviamente condenamos esta escalada da violência", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner, a jornalistas.
"O regime aproveitou os últimos dias para aumentar seus ataques contra várias cidades, bairros e lares (...) antes da mobilização desses observadores", completou.
"Essas ações não estão de acordo com os termos da iniciativa da Liga Árabe com a qual o regime sírio concordou em 2 de novembro ou com o protocolo sobre os observadores que o regime aceitou em 19 de dezembro", afirmou Toner.
A missão de observadores é parte de um plano da Liga Árabe aceito pela Síria em 2 de novembro que pede a retirada das forças de segurança das cidades e dos distritos residenciais, além do fim da violência e da libertação dos presos.
Desde o acordo, o regime de Bashar al Assad foi acusado de intensificar a repressão, que não mostrou sinais de amainar desde que o governo começou a reprimir os protestos em março e que segundo a ONU provocou mais de 5.000 mortos.
Toner expressou sua esperança de que os monitores possam fazer seu trabalho.
"Obviamente, esperamos que essas pessoas sejam audazes na busca pela verdade sobre o que está acontecendo", afirmou.
O porta-voz também anunciou que os Estados Unidos "pedirão às autoridades sírias que dêem acesso pleno à missão".