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Subsecretário da Argentina é encontrado morto em hotel no Uruguai

MONTEVIDÉU - O subsecretário de Comércio da Argentina, Iván Heyn, que participava nesta terça-feira de uma reunião presidencial de cúpula do Mercosul, em Montevidéu, enforcou-se num hotel do centro da cidade, confirmou a presidência uruguaia.

O anúncio da morte abalou o encontro do Mercosul que se desenvolvia desde o meio-dia na capital uruguaia, com a presença dos presidentes de Argentina, Cristina Kirchner; Brasil, Dilma Rousseff; Paraguai, Fernando Lugo; Uruguai, José Mujica, além de Hugo Chávez da Venezuela, em processo de adesão ao bloco e Rafael Correa, do Equador, país associado. "Ele se matou no hotel Radisson", disse um funcionário do governo uruguaio, que preferiu não ter o nome revelado, acrescentando que foi encontrado enforcado e que a presidente argentina, Cristina Kirchner, chegou a ser atendida por uma equipe médica, na sede do Mercosul, depois de uma crise nervosa ao saber da notícia.

Em torno do hotel Radisson, onde se hospedam os presidentes que participam da cúpula do Mercosul, foi reforçada a segurança no décimo andar, onde a Polícia Técnica realiza seus trabalhos, comprovou a AFP. Pouco antes da divulgação da notícia foi suspensa a realização da foto oficial do encontro presidencial, no prédio onde fica a sede do Mercosul.

Heyn, de 33 anos, era economista e líder do grupo juventude peronista La Cámpora, do qual participa Máximo Kirchner, filho mais velho da presidente argentina. Ex-dirigente da Federação Universitária argentina, ocupou outros cargos no ministério da Economia durante a primeira presidência de Cristina Kirchner e havia assumido há dez dias a subsecretaria de Comércio Exterior. Foi presidente da estatal Corporación Antiguo Puerto Madero (de desenvolvimento urbano) a partir de julho de 2010, e entre 2009 e 2011 gerenciou estudos macroeconômicos no Banco de Investimento e Comércio Exterior.

Além disso, trabalhou como subsecretário de Indústria do ministério da Economia e Produção, entre maio de 2008 e janeiro de 2009, no primeiro mandato de Cristina Kirchner. Formado em Economia na Universidade de Buenos Aires, Heyn viajou na semana passada a Montevidéu para participar de reuniões técnicas preparatórias à cúpula do Mercosul. O grupo debatia, nesta terça-feira, uma solução jurídica para o ingresso da Venezuela, freado pelo Parlamento paraguaio, e medidas a serem tomadas ante a crise financeira internacional.