DAMASCO - Mais de 200mil sírios se manifestavam, nesta sexta-feira, nas ruas da cidade de Homs, centro do país, um reduto dos protestos contra o regime do presidente Bashar al-Assad, afirma o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). "Mais de 200 mil manifestantes saíram em mais de dez ruas de Homs nas primeiras horas do dia", afirmou o OSDH, com sede na Grã-Bretanha.
Ainda segundo o OSDH, sete civis morreram hoje no país, por disparos das forças de segurança.
As manifestações desta sexta-feira acontecem em protesto contra a suspensão de um encontro da Liga Árabe sobre a Síria, previsto para amanhã, em um momento em que a Rússia, aliada de Damasco, apresentou uma resolução na ONU sobre o país. A Liga concordou em dar mais tempo para Damasco.
Também houve manifestações nas ruas de Damasco, Idleb (noroeste), Deir Ezzor (leste), Hama (centro), Banias e Latakia (noroeste), de acordo com o OSDH e os Comitês Locais de Coordenação Locais de Coordenação, apesar da presença massiva de tropas, próximas às mesquitas, ponto de encontro entre os manifestantes.
Na quinta-feira à noite, o número dois da Liga Árabe, Ahmed Ben Helli, disse que o encontro de amanhã, no Cairo, tinha sido adiado indefinidamente, enquanto as conversas com Damasco, sobre a proposta de envio de observadores para monitorar a implantação de um plano para proteger civis sírios, continuassem.
O chefe da Liga Árabe também se reuniu ontem com membros do opositor Conselho Nacional Sírio, antes de um encontro de três dias na Tunísia, que começa hoje.
O líder do conselho, Burhan Ghaliun, disse que era vital que a oposição aproxime suas fileiras, depois da formação, em Istambul, da Aliança Nacional, outro grupo opositor ao regime de Assad.