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Câmara dos Estados Unidos congela parte da ajuda destinada ao Paquistão

Washington - Com o apoio da Casa Branca, a Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou na quarta-feira (14) o congelamento de parte da ajuda ao Paquistão, diante da falta de ação de Islamabad para deter os ataques às forças americanas no vizinho Afeganistão.

O projeto, que seguirá agora para o Senado, prevê o congelamento de 700 milhões de dólares de ajuda ao Paquistão caso o governo paquistanês não se comprometa a adotar medidas firmes para deter os atentados contra as tropas americanas na campanha afegã.

O mesmo texto autoriza o presidente Barack Obama a congelar os bens de qualquer instituição financeira estrangeira que faça negócios com o Banco Central do Irã no setor de petróleo.

A lei de "Autorização de Defesa" também estipula que os combatentes da rede terrorista Al-Qaeda envolvidos em ações contra objetivos americanos ficarão sob custódia militar e não civil, e cria obstáculos para o fechamento da prisão de Guantánamo, em Cuba.

O presidente Barack Obama, que havia ameaçado vetar outras versões do mesmo projeto, sancionará a lei, revelou o porta-voz da Casa Branca Jay Carney.

"Mas se no processo de instrumentação verificarmos que terá impacto negativo sobre nossos profissionais de contraterrorismo e minar nosso compromisso com o império da lei, esperamos dos autores uma rápida ação para corrigir estes problemas", assinalou Carney.

A lei não se aplica a cidadãos americanos, mas deixa nas mãos da Suprema Corte e do presidente dos Estados Unidos a decisão de deter indefinidamente, sem a necessidade de julgamento, qualquer um que se envolver com a Al-Qaeda.

Obama advertiu que poderá vetar a questão da custódia militar, assim como os artigos que evitariam processos civis contra supostos terroristas.