Durban (ÁFRICA DO SUL) - Os representantes de mais de 190 países aprovaram neste domingo (11/12), na conferência sobre o clima de Durban (África do Sul), a COP17, um mapa do caminho para um acordo global em 2015 destinado a reduzir as emissões de gases que provocam o efeito estufa.
O objetivo é que o acordo, cuja natureza jurídica exata ainda deve ser discutida, entre em vigor até 2020.
O alívio era visível entre os representantes reunidos para a conferência, que esteve à beira da catástrofe, após 14 dias e duas madrugadas extras de negociações.
"Em homenagem a Mandela: isto parecia impossível, até que foi conseguido. E foi conquistado", escreveu no twitter Christiana Figueres, principal nome da ONU para a questão do clima.
Mas a União Europeia, que usou todo seu peso para obter um acordo juridicamente vinculante, se viu obrigada a aceitar ao fim da reunião - ofuscada pela crise do euro - um texto que deixa em aberto a questão do caráter obrigatório do futuro pacto climático.
O objetivo da comunidade internacional é limitar o aumento da temperatura global a %2b2;C. A soma das promessas dos vários países em termos de redução de emissões está longe, no entanto, de alcançar a meta. Segundo um estudo apresentado esta semana em Durban, o mundo está no caminho de um aumento de 3,5;C no termômetro global.
Os ministros e delegados também chegaram a um acordo para prolongar além de 2012 o Protocolo de Kioto.
A decisão sobre o futuro do Protocolo de Kioto, o único instrumento jurídico vinculante que limita as emissões de gases que provocam o efeito estufa da maioria dos países ricos, era um dos pontos chaves da COP17.