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Al-Qaeda mantém um refém americano capturado no Paquistão

WASHINGTON - A rede terrorista Al-Qaeda mantém como refém um trabalhador americano de um grupo de ajuda humanitária capturado em agosto passado no Paquistão, informou o líder da rede terrorista, Ayman al-Zawahiri, em mensagem monitorada nesta quinta-feira pelo SITE.

Al-Zawahiri disse que a Al-Qaeda capturou no dia 13 de agosto passado, em Lahore, o membro da organização USAID Warren Weinstein, 70 anos, que "estava profundamente envolvido na ajuda americana ao Paquistão".

A Al-Qaeda informou, ainda, que a Casa Branca tem a capacidade de conseguir a libertação de Weinstein com a suspensão dos ataques aéreos contra Afeganistão, Paquistão, Somália e Iêmen, e a libertação dos autores do ataque ao World Trade Center em 1993 e outros prisioneiros, inclusive familiares de Osama bin Laden, segundo o SITE Intelligence Group, uma rede de monitoramento de sites islâmicos.

"Assim como os americanos detêm todos de quem suspeitam de vínculos com a Al-Qaeda e os talibãs, mesmo que remotamente, nós detivemos este homem que trabalha na ajuda americana ao Paquistão desde os anos 1970", destacou a fonte, citando Zawahiri, em um vídeo de 31 minutos, enviado a fóruns jihadistas.

Al-Zawahiri, que assumiu a liderança da rede terrorista este ano depois da morte de bin Laden, também confirmou que seu número dois, Atiyah abd al-Rahman, foi morto em agosto em um ataque aéreo americano no Waziristão, na região tribal do noroeste do Paquistão.

Autoridades americanas anunciaram a morte de Rahman no fim de agosto, mas não deram detalhes. "A retaliação, com a permissão de Alá, será lançada contra aqueles cruzados ocidentais que o mataram e a seus dois filhos, e mataram centenas de milhares de nossos irmãos, filhos, mulheres e xeques, e ocuparam nossos países (e) saquearam nossa riqueza", afirmou Al-Zawahiri.