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Policial ex-refém das Farc viaja a Bogotá para reencontrar família

BOGOTÁ - O sargento da polícia Luis Alberto Erazo, refém das Farc durante 12 anos e que no sábado escapou com vida do confronto entre a guerrilha e as forças militares, chegou neste domingo a Bogotá para se reunir com sua família.

Erazo, 40 anos, chegou ao aeroporto militar de Bogotá em uma pequena aeronave e imediatamente embarcou em uma ambulância que o levou ao hospital da polícia, onde aguardam sua companheira Elvira e sua filha Gisela, de 16 anos.

O militar sofreu ferimentos no rosto por granadas lançadas por guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, comunistas), quando, no início dos combates de sábado, escapou de seus captores e entrou na floresta do município de Solano, no departamento de Caquetá (sul).

Após os combates, os militares encontraram os corpos de outros quatro reféns das Farc, três policiais e um militar, assassinados por seus captores, de acordo com o ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón.

Os corpos dos três policiais e do sargento do Exército José Libio Martínez, que com quase 14 anos de cativeiro era o refém mais antigo da Colômbia, também serão levados neste domingo a Bogotá para a necropsia.

A expectativa é que entre segunda e terça-feira os corpos sejam entregues a suas famílias.

As Farc ainda mantém em seu poder ao menos 13 policiais e militares, os quais planejam trocar por guerrilheiros presos. Alguns deles estão há mais de 10 anos em cativeiro.

As Farc são a guerrilha mais antiga da América Latina, com 47 anos de luta armada, e contam com até 9.000 combatentes, segundo dados do Ministério da Defesa.

Em 4 de novembro, seu líder máximo, Alfonso Cano, 63 anos, foi morto em uma operação do Exército no sudoeste da Colômbia. Para substituí-lo, as Farc nomearam Timoleón Jiménez, apelidado de Timochenko, líder da ala militar dessa guerrilha.