Peruanos das regiões de Cajamarca, Andahuaylas, Ancash, Madre de Dios e Ayacucho cobram do governo do presidente do país, Ollanta Humala, a suspensão dos planos de exploração de uma mina de ouro na região dos Andes. Na tentativa de conter a onda de protestos, Humala criou uma comissão de cinco ministros que tratará especificamente do assunto.
Os moradores dessas regiões reclamam que as explorações causarão poluição e prejuízos no abastecimento de água. A exploradora da mina, a empresa norte-americana Newmont, prometeu abastecer reservas hídricas que substituam o suprimento de água ameaçado.
Os manifestantes exigem que a empresa norte-americana assuma a responsabilidade por eventuais impactos e violações dos direitos humanos causados pela exploração de ouro na região.
Humala insiste em manter o programa de mineração peruano, alegando que ele aumentará a qualidade de vida das comunidades.
A mineração é o principal motor da crescente economia do Peru, mas é também causa de conflitos sociais ao redor do país. Na região San Marcos, os moradores reclamam da contaminação causada por vários elementos químicos, como o mercúrio.