O acirramento da situação na Síria é tema de reunião hoje (24) dos 23 ministros das Relações Exteriores da Liga Árabe. Os líderes vão avaliar as providências que serão tomadas em relação ao governo do presidente sírio, Bashar Al Asssad, que se recusa a aceitar o envio de uma comissão de 500 observadores ao país.
A Liga Árabe cobra de Assad a autorização para a visita dos observadores por considerar a iniciativa fundamental. Os árabes querem verificar diretamente a execução das medidas que visam à proteção dos civis.
Desde março, em várias cidades sírias, há confrontos entre policiais e manifestantes, que protestam contra o governo Assad. Por sua vez, o presidente reage com violência e repressão. A estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU) é que cerca de 3,7 mil pessoas morreram em decorrência dos embates.
O Conselho Nacional Sírio, que reúne integrantes da oposição a Assad, pediu hoje aos militares desertores do Exército que não enfrentem de forma agressiva e violenta as Forças Armadas oficiais do país. Criado em julho, o Exército Sírio Livre, como é chamado o grupo formado por desertores, uniu-se aos manifestantes contrários a Assad.
;Esperamos que esse Exército assuma missões defensivas para proteger soldados que deixaram o Exército e as manifestações pacíficas. Mas não com atos ofensivos;, disse o líder do órgão, Burhan Ghalioun.