A resolução, que foi aprovada por 106 votos a favor, nove contra e 40 abstenções, insta o Irã a "cumprir todas suas obrigações sob as leis internacionais" e a "cooperar com os Estados que tentam levar à Justiça aqueles que participaram do planejamento, patrocínio, organização e tentativa de execução do complô".
Os Estados Unidos acusam o Irã de estar por trás do complô, algo que Teerã rejeita fortemente.
Após as infrutíferas tentativas do Irã de excluir seu nome da resolução, a Assembleia Geral manifestou-se "profundamente preocupada" com o suposto plano contra o representante diplomático saudita, Adel al Jubeir.
O documento "deplora o complô para assassinar o embaixador do reino da Arábia Saudita nos Estados Unidos" e "sugere que todos os Estados adotem medidas suplementares para evitar o planejamento, o financiamento e a organização de atos terroristas semelhantes em seus territórios".
O texto, que foi promovido por uma longa lista de países, pede também aos Estados-membros da ONU que "neguem asilo aos que planejam, financiam, apoiam ou cometem atos terroristas semelhantes".
Apesar de Riad não ter acusado diretamente o Irã, seu embaixador na ONU, Abdullah al Mouallini, disse na Assembleia que esse país foi envolvido "nas confissões do principal culpado pelo plano" de assassinato.
O representante iraniano, Mohamed Khazaee, afirmou que essa medida estava "baseada em uma acusação sem confirmação de um Estado que tem um longo histórico de animosidade" em relação ao Irã, em referência aos Estados Unidos, e que poderá "gerar tensão nas relações internacionais".