Os ministros das Relações Exteriores dos 23 países que compõem a Liga Árabe reúnem-se nesta quarta-feira (16/11) em Rabat, no Marrocos, para cobrar o fim da violência na Síria. No dia 4, apelo semelhante foi feito. Nos últimos dias, o presidente sírio, Bashar Al Assad, libertou grupos de presos políticos, mas organizações não governamentais informam que a violência e a repressão são intensas no país.
Ontem (15), mais episódios de embates entre manifestantes e policiais foram registrados em regiões localizadas. Na reunião no Marrocos, os líderes formalizarão a suspensão da Síria da Liga Árabe. O governo sírio informou que não enviará representantes à reunião.
Pelo menos 3.500 pessoas morreram em decorrência dos confrontos na Síria, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), desde o começo da repressão do governo às manifestações. Apenas ontem, de acordo com ativistas, 70 pessoas foram mortas.
Por meio de porta-vozes, o governo Assad condenou a ação da Liga Árabe de suspender o país do bloco. O presidente disse que considera a medida "vergonhosa e maliciosa". Ele acrescentou que é alvo de uma campanha de conspiração, com o objetivo de desestabilizá-lo. O pedido das autoridades sírias por uma cúpula de emergência para discutir a violência, que o país atribui a gangues armadas, foi rejeitado por seis países da Liga Árabe.
Há oito meses, Assad é cobrado pela oposição e manifestantes a buscar o diálogo, adotar medidas democráticas e apurar denúncias de corrupção. No entanto, os apelos não são atendidos. Os manifestantes reclamam ainda da violência e repressão, assim como da violação de direitos humanos.