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Dalai Lama atribui imolação de tibetanos a 'genocídio cultural'

Tóquio - O Dalai Lama, líder espiritual dos budistas tibetanos, declarou nesta segunda-feira (7/11) em Tóquio que o "genocídio cultural" praticado pela China no Tibete é a causa da recente onda de imolações de tibetanos.

"Há uma espécie de genocídio cultural que acontece no Teto do Mundo", disse em uma entrevista coletiva.

"Durante os 10, 15 últimos anos tivemos dirigentes chineses muito duros. É por isto que vemos estes incidentes lamentáveis", completou.

Desde que, em março, um jovem monge do mosteiro de Kirti, na província de Sichuan (sudoeste), cometeu suicídio com fogo para protestar contra a repressão religiosa, 11 monges e religiosas budistas seguiram o exemplo. Sete faleceram com seus atos.

Na sexta-feira da semana passada, um tibetano exilado na Índia tentou imolar-se diante da embaixada chinesa em Nova Délhi, antes de ser controlado pela polícia.

"A propaganda comunista chinesa dá uma imagem ideal da situação. Mas de fato, até os chineses que visitam o Tibete tem a impressão de que as coisas são terríveis", declarou o Dalai Lama.

"O Tibete está em uma situação desesperadora", completou.