DAMASCO - Dez civis morreram neste domingo (06/11) na Síria, oito deles em Homs (centro), pelas mãos das forças de ordem, no primeiro dia da festa muçulmana do sacrifício, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Várias manifestações foram realizadas neste domingo em Homs, principal foco dos protestos contra o regime do presidente Bashar al-Assad, apesar das operações militares lançadas há várias semanas, acrescentou a fonte.
Oito civis morreram pelas mãos das forças de segurança em vários bairros de Homs, localidade submetida a incessantes bombardeios há vários dias, disse o OSDH em um comunicado.
Além disso, dois civis morreram baleados nas cidades de Hama e Idleb, no norte do país.
As forças armadas intervieram também em Zamalka e Irbin, na província de Damasco, segundo os comitês locais de coordenação, que organizam as manifestações.
Já o presidente Assad participou neste domingo da oração da festa do sacrifício na mesquita Al Nur de Raqqa, no norte da Síria, segundo a rádio oficial do país.
No sábado, o regime sírio libertou mais de 550 pessoas detidas durante a repressão do movimento de contestação, como primeiro sinal do cumprimento do plano árabe para resolver a crise.
Estas libertações foram anunciadas depois que a Liga Árabe convocou a aplicação de seu plano na Síria, aceito por Damasco, e advertiu sobre uma "catástrofe" caso a violência continue.
As associações sírias de defesa dos direitos humanos e a ONU contabilizam em milhares o número de pessoas detidas na repressão da revolta, iniciada no dia 15 de março. Desde então, mais de 3 mil pessoas morreram, de acordo com as Nações Unidas.