Antes mesmo de chegar ao topo nas pesquisas sobre a corrida pela candidatura da oposição republicana à Casa Branca, na eleição de 2012, o pré-candidato Herman Cain já se via ontem às voltas com explicações sobre incidentes ocorridos nos anos 1990, e agora reabertos pelo site Politico.com. De acordo com uma reportagem exibida pelo site na noite de domingo, Cain teria pagado pelo silêncio de ao menos duas funcionárias que ele teria assediado sexualmente durante o período em que esteve na presidência da Associação Nacional de Restaurantes, em Washington.
À rede Fox News, Cain rebateu as acusações categoricamente, afirmando que foi ;falsamente acusado;. ;Eu nunca assediei sexualmente ninguém;, garantiu o pré-candidato, que é casado há 43 anos com Gloria Cain e é pastor em uma denominação batista da Geórgia. Falando à imprensa, o candidato denunciou uma ;caça às bruxas;. Ele admitiu que foi acusado de assédio sexual quando esteve à frente da associação, mas disse ter se recusado a tratar diretamente do assunto, que foi repassado ao departamento de recursos humanos. Cain ainda afirmou que a funcionária pagou na Justiça pela acusações falsas.
No entanto, o Politico.com afirma que ao menos duas funcionárias ; cujas identidades foram preservadas, por questões de segurança ; reclamaram para colegas e superiores do comportamento sugestivo de Cain, que incluía perguntas pessoais de natureza sexual e gestos. Na ameaça de uma acusação formal, a associação presidida pelo agora presidenciável teria resolvido o impasse com um acordo pelo qual o silêncio das vítimas seria ;gratificado; com uma quantia na casa das dezenas de milhares de dólares.
;Como os críticos baseados em Washington não têm tido muita sorte em atacar as ideias de Cain para consertar a economia e criar empregos, estão tentando atacá-lo da maneira que podem;, afirmou um comunicado da campanha do candidato, que dispara nas pesquisas com o apoio da fatia conservadora do eleitorado republicano.