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Estados Unidos pedem que transição no Iêmen ocorra 'imediatamente'

WASHINGTON - Os Estados Unidos reagiram nesta sexta-feira (21) à adoção de uma resolução da ONU que exige a saída do poder do presidente iemenita, Ali Abdulah Saleh, pedindo que a transição seja inciada "imediatamente". "A comunidade internacional enviou hoje uma mensagem clara e unificada", afirmou em um comunicado Mark Toner, porta-voz do Departamento de Estado, que qualificou a resolução 2014 como "uma etapa importante" para o fim da crise.

"A única forma de responder às aspirações iemenitas", escreveu Toner, "é começar imediatamente uma transição de poder" inspirada em um plano apresentado pelas monarquias do Golfo.

Este plano prevê que o presidente Saleh transfira o comando para seu vice-presidente 30 dias depois de assinar o documento, em troca de conseguir imunidade.

O governo iemenita prometeu em várias ocasiões que assinaria o documento, mas não cumpriu a promessa. Os Estados Unidos rejeitaram na quarta-feira as novas condições impostas por Saleh para sair do poder, julgando que não eram necessárias garantias suplementares. Washington solicita, também, que o governo de Sanaa investigue a violência contra os manifestantes.

Na resolução adotada nesta sexta-feira por unanimidade e apresentada por França, Alemanha, Estados Unidos e Grã-Bretanha, os 15 países do Conselho de Segurança "condenam de forma severa as contínuas violações aos direitos humanos por parte das autoridades iemenitas e solicitam ao presidente que assine um acordo para deixar o poder e colocar fim à repressão das manifestações".

A repressão dos protestos deixou ao menos 861 mortos e 25 mil feridos desde janeiro.