Jornal Correio Braziliense

Mundo

Eleições presidenciais na Bulgária serão teste para governo conservador

SÓFIA - Os búlgaros votarão no próximo domingo (23) para escolher seu novo presidente e seus conselheiros municipais, uma eleição dupla, que colocará em teste o partido conservador Gerb e o governo do premier Boiko Borissov, no país mais pobre da União Europeia.

Rossen Plevneliev, 47, independente, mas apoiado pelo Gerb, é o favorito, com de 38% a 40% das intenções de voto no primeiro turno, e também é dado como vencedor do segundo turno, no próximo dia 30. Após dois mandatos de cinco anos, o socialista Georgi Parvanov, de 55 anos, não pode se candidatar à reeleição.

O presidente tem um papel limitado como árbitro na Bulgária: garante a unidade da nação e a representa nas relações internacionais. Também é o comandante em chefe das Forças Armadas, nomeia os embaixadores e tem direito a vetar leis.

As eleições servirão para o primeiro-ministro, Boiko Borissov, avaliar a sua aprovação, na metade de seu mandato. O governo conseguiu manter uma certa estabilidade macroeconômica, em troca de medidas de austeridade.

O principal adversário de Plevneliev é o socialista Ivailo Kalfin, 47, ex-chanceler e eurodeputado, que tem 28% das intenções de voto. A ex-comissária europeia Meglena Kuneva, 54, independente, é a terceira na disputa, com de 9% a 17% das intenções de voto. Os três adversários concordam com a necessidade de uma integração maior da Bulgária à União Europeia, da qual é membro desde 2007.

Concorrem nas eleições outros 15 candidatos, entre eles um cantor punk, mas seus resultados são muito discretos.

Pela primeira vez, as eleições presidenciais coincidirão com as municipais, em que o partido Gerb, fundado em 2007 como "o partido dos prefeitos", deverá manter seu poder local, segundo as pesquisas de opinião. Desta forma, a reeleição parece garantida para a prefeita de Sófia, Yordanka Fandakova.