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Mais de 5.000 palestinos estão presos em Israel sem acusação judicial

Jerusalém - A libertação de 1.027 prisioneiros palestinos em troca da liberdade do soldado Gilad Shalit evidencia a situação de mais de 5.000 palestinos prisioneiros em Israel, a maioria detidos por razões de segurança. Para o ministério palestino dos Prisioneiros, mais de 5.800 palestinos estão detidos em Israel, incluindo 35 mulheres, 285 menores de idade e 260 detidos, sem a apresentação de uma acusação judicial.

Entre os detidos figuram 22 deputados do Conselho Legislativo Palestino, dos quais 19 pertencem ao movimento radical Hamas, majoritário no Parlamento palestino.

As estatísticas da administração penitenciária israelense e do Exército recebidos pela organização de defesa dos direitos humanos Homme B;Tselem registram 5.204 prisioneiros em Israel, entre eles 29 mulheres e 176 menores.

Para as autoridades israelenses, as pessoas detidas administrativamente são 272, três delas mulheres. Segundo as fontes, 2.550 prisioneiros estão vinculados à Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que assinou os acordos de paz com Israel, 1.381 pertencem ao Hamas e 516 à Jihad Islâmica, contrário às negociações com Israel.

Desde o início da ocupação israelense dos territórios palestinos em 1967, um total de 700.000 palestinos foram detidos pelo Exército israelense, o que equivale a quase 20% da população e a 40% da população masculina, segundo os documentos oficiais palestinos.

Israel prendeu 13.000 palestinos entre 1993 e 2001, anos de processo de paz de Oslo, e 50.000 entre o início da segunda Intifada, em setembro de 2000, e atualmente, segundo fontes palestinas.