Jerusalem - A libertação do soldado israelense Gilad Shalit e de 450 presos palestinos acontecerá na próxima terça-feira, caso sejam respeitados os termos do acordo entre o Estado hebreu e o grupo radical Hamas, informou nesta sexta-feira (14/10) o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
"Nós esperamos que o calendário previsto pelo acordo seja respeitado e que Gilad Shalit volte para casa na terça-feira, paralelamente à libertação de um primeiro contingente de detentos palestinos", afirmou à AFP uma fonte do gabinete que pediu anonimato.
O mediador do primeiro-ministro para a questão, David Meidan, viajará no sábado ao Cairo para elaborar os últimos detalhes da transferência de prisioneiros com o grupo radical Hamas, graças à mediação das autoridades egípcias.
A administração penitenciária de Israel deve publicar no fim de semana a lista de presos palestinos que serão liberados para permitir eventuais recursos de organizações ou de familiares de vítimas de atentados na Suprema Corte, que terá um prazo de 48 horas para tomar uma decisão.
Segundo a rádio militar, Gilad Shalit pode ser levado de Gaza ou do Egito para Israel. Em seguida será transportado de helicóptero para uma base militar, onde será recebido por parentes e passará por exames médicos.
O acordo entre Israel e Hamas determina a libertação de um primeiro grupo de 450 prisioneiros palestinos, com a liberação do soldado israelense ao mesmo tempo. Um segundo contingente de 550 detentos palestinos deixará as prisões dentro de dois meses.