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Quatro manifestantes são presos em Nova York durante protesto

Nova York - Quatro manifestantes foram presos nesta quarta-feira (12/10) em Nova York durante um novo protesto do grupo "Ocupe Wall Street" (Occupy Wall Street), na frente de um edifício da holding financeira JP Morgan Chase, constatou um jornalista da AFP.

A manifestação reuniu uma centena de pessoas que deram a volta nos arranha-céus gritando "nós somos 99%" ou "tributem os ricos".

A manifestação se dispersou rapidamente depois das prisões da polícia que seguiu, aparentemente, o movimento da multidão.

Como ocorreu durante a primeira "marcha dos milionários", que na terça-feira reuniu mais de 500 pessoas em Manhattan, os manifestantes transportavam um enorme cheque destinado ao "1% de cima", no montante de 5 bilhões de dólares.

Essa soma correponde, segundo eles, ao que ganharão os mais ricos a partir da supressão no mês de dezembro de um imposto do Estado de Nova York para as maiores fortunas. Os integrantes do "Ocupe Wall Street" se oponhem a essa supressão.

Também nesta quarta-feira, os manifestantes - dos quais muitos estão acampados desde 17 de setembro em uma praça no coração do bairro financeiro onde está Wall Street - foram alvo de declarações do diretor-geral do Citigroup, Vikram Pandit.

Este se mostrou disposto a "falar com eles a qualquer momento", disse em uma mesa redonda organizada pela revista Fortune, que publicou suas declarações na internet.

"Os sentimentos deles são completamente compreensíveis", completou Pandit, "a recuperação econômica não está (no nível) que nós queríamos".

"A confiança se quebrou entre as instituições financeiras e os cidadãos", declarou Pandit, nomeado há quase quatro anos diretor do terceiro maior banco do país.

Na terça-feira, a "marcha dos milionários" passou na frente dos domicílios nova-iorquinos dos homens de negócios mais ricos do país, entre os quais se destacavam o magnada da imprensa Rupert Murdoch, o do industrial republicano David Koch e do diretor-geral do JP Morgan Chase, Jamie Dimon.