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Nobel da Paz é sinal alentador para mulheres, declara cardeal no Vaticano

Cidade do Vaticano - A atribuição do Prêmio Nobel da paz à presidente da Libéria e a duas ativistas dos direitos humanos, uma liberiana e outra iemenita, é um "sinal nobre e alentador" para todas as mulheres, declarou nesta sexta-feira o cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson.

Pela Rádio Vaticano, o presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz expressou sua "satisfação" pelo reconhecimento atribuído pela comunidade internacional às "iniciativas dessas mulheres", Ellen Johnson Sirleaf, Leymah Gbowee e Twakkul Karman. "Conheço a presidente liberiana e posso garantir que sua liderança e sua iniciativa no nível político são muito apreciadas por nós, em toda a região da África Ocidental", declarou o alto prelado ganês, que é, ao lado do cardeal guineano Robert Sarah, um dos dois chefes africanos de ministérios da Cúria Romana.

Leymah Gbowee "é uma pessoa que estimulou as mulheres a manter a cabeça erguida", declarou o cardeal Turkson, que manifestou também seu "apoio" à ativista iemenita Tawakkul Karman.

O Nobel da Paz foi atribuído nesta sexta-feira à primeira presidente eleita em seu país africano, a liberiana Ellen Johnson Sirleaf, a sua compatriota, a "guerreira da paz" Leymah Gbowee, e a uma figura emblemática da "Primavera Árabe" no Iêmen, Tawakkul Karman. As três premiadas foram "recompensadas por sua luta não violenta pela segurança das mulheres e de seus direitos a participar nos processos de paz", declarou em Oslo o presidente do Comitê Nobel noruego, Thorbjoern Jagland.