Rússia e China vetaram esta terça-feira (4/10) uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, esboçada por países europeus, ameaçando agir caso o líder sírio não ponha fim à repressão mortal a um movimento pró-democracia.
Nove países votaram a favor, enquanto Rússia e China se manifestaram contrárias, neutralizando a resolução, devido ao seu poder de veto enquanto membros permanentes do Conselho. Brasil, África do Sul, Índia e Líbano se abstiveram. "Todos os esforços foram feitos para produzir uma resposta unânime", declarou o embaixador da França nas Nações Unidas, Gerard Araud, em alusão ao empenho para se alcançar um compromisso. "Numerosas concessões" foram feitas à Rússia, à China e aos países que se abstiveram, acrescentou.
Araud destacou que o veto demonstrou um "desprezo pelos interesses legítimos pelos quais se tem lutado na Síria", desde que os protestos contra o presidente Bashar al-Assad começaram, em meados de março. Este é o primeiro veto sino-russo desde que os dois países bloquearam sanções contra o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, em julho de 2008.