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EUA denunciam o desprezo dos islamitas pela vida na Somália

Washington - O governo americano condenou o atentado suicida que deixou 70 mortos na terça-feira (4/10) em Mogadíscio e denunciou "o total desprezo pela vida" demonstrado pelos islamitas.

"É evidente que (os islamitas) não têm nenhum interesse pelo povo somali" e o mundo deve saber que são os shebab (extremistas islamitas que agem no sul do país) que impedem a chegada da ajuda humanitária às vítimas da fome na Somália, disse a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.

[SAIBAMAIS]Pelo menos 70 pessoas morreram nesta terça-feira em um ataque com carro-bomba contra o complexo ministerial em Mogadíscio, o atentado mais letal dos últimos anos na capital, e o primeiro reivindicado pelos shebab desde sua saída da cidade, há dois meses.

Os Estados Unidos impuseram em 2008 sanções contra este grupo de militantes extremistas, proibindo qualquer forma de apoio a eles. Mas, em agosto de 2011, o governo americano decidiu não perseguir as organizações humanitárias que trabalham com os shebab para poder distribuir os alimentos, medida destinada a lutar contra a fome na região.