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Justiça absolve estudante acusada de matar colega em jogos sexuais

Perugia - A jovem americana Amanda Knox, acusada do assassinato de sua colega de quarto Meredith Kercher em 2007, foi declarada inocente nesta segunda-feira (3/10) em Perugia em seu processo em apelação. Amanda Knox e seu então noivo Raffaele Sollecito tinham sido condenados em primeira instância respectivamente a 26 e a 25 anos de prisão pelo assassinato da britânica Meredith Kercher na noite de 1; de novembro de 2007.

Os dois sempre alegaram sua inocência. Eles foram considerados não culpados pelo Tribunal de Apelação e absolvidos. Na prisão há quatro anos, eles serão libertados imediatamente, anunciou o Tribunal de Apelação.

Visivelmente atemorizada e ofegante na sala do tribunal, Amanda Knox chorou muito após o anúncio da decisão da corte. A apresentação do veredicto foi saudada com aplausos na sala do tribunal, enquanto gritos de alegria eram dados pelas pessoas reunidas diante do prédio. Um outro grupo de pessoas também gritava "vergonha" e assassinos". A mãe da vítima permaneceu impassível e sem voz. A irmã de Amanda, Deanna, disse que "terminou o pesadelo" de sua irmã, em declarações à imprensa após o veredicto.



Mais tarde Knox foi liberada da prisão onde estava detida, constatou um fotógrafo da AFP. Um veículo Mercedes negro que levava Knox deixou a prisão de Capanne, próximo a Perugia. Ela deve viajar de volta aos Estados Unidos na terça-feira.

Meredith Kercher, estudante de Leeds de 21 anos, foi encontrada parcialmente despida em uma poça de sangue, com o corpo retalhado por 43 facadas. A necropsia indicou que ela também havia sido violentada. Esse assassinato envolvendo sexo, álcool e drogas atraiu a atenção da imprensa anglo-saxã.

O tribunal de primeira instância havia condenado Knox e Sollecito, indicando que haviam desferido o golpe fatal em Meredith, enquanto Rudy Guédé, uma marfinense condenada a 16 anos de prisão em um processo separado, segurava ela pelo braço porque a vítima tinha se recusado a participar de uma orgia. Todos estavam sob efeito de drogas e de álcool. Em Seattle, Estados Unidos, os amigos da estudante americana Amanda Knox, comemoraram a absolvição. "Foi como uma corrente elétrica através de todo o meu corpo", disse Margaret Ralph, que conhece Knox desde a escola secundária, depois de saber do veredicto transmitido ao vivo pela televisão.

Um pequeno grupo havia se reunido em um hotel do centro desde as primeiras horas da manhã, pois a diferença de fuso horário com a Itália é de nove horas. "Penso no quão feliz vai ficar sua mãe, no quão aliviada vai estar ao saber que sua filha está livre e está a salvo depois de quatro anos", afirmou Kallane Henry, amiga dos pais de Knox. "Estou muito, muito aliviado", disse entre lágrimas John Lange, professor de teatro da jovem na secundária.