Cairo - O Exército, que governa o Egito desde a queda em fevereiro do presidente Hosni Mubarak aceitou neste sábado (1;/10) aprovar uma emenda de uma controversa lei eleitoral, criticada por diversos partidos que ameaçaram boicotar as próximas eleições.
O Conselho Superior das Forças Armadas (CSFA) aceitou modificar o artigo 5 da nova lei, para permitir que os partidos políticos apresentem seus candidatos para o terço de cadeiras até agora reservado a personalidades independentes no Parlamento.
O Exército tomou a decisão após uma reunião entre o chefe de Estado Maior, Sami Anan, e membros da Coalizão Democrática, uma aliança eleitoral que reúne a influente Irmandade Muçulmana e outras 30 formações de todo tipo.
Os presentes na reunião criticaram o artigo 5 da lei, que estipula que dois terços das cadeiras do Parlamento devem ser destinadas a candidatos filiados a partidos, e o terço restante para personalidades independentes.
Na quinta-feira, ameaçaram boicotar as próximas eleições, as primeiras desde a queda do regime de Mubarak, se esse artigo não fosse alterado.
Também exigem a reativação de uma lei que proíbe os políticos condenados por corrupção de apresentar sua candidatura a eleições durante um período de 10 anos.