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Capelães militares poderão celebrar casamentos gays

WASHINGTON - Os capelães militares dos Estados Unidos poderão celebrar casamentos entre homossexuais nos estados que os reconhecerem, disse nesta sexta-feira (30/9) o Pentágono, 10 dias depois da derrubada de uma lei que impedia militares de declararem sua orientação sexual nas Forças Armadas desse país.

O Estado federal não reconhece o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o que impede os cônjuges dos militares homossexuais de obter os mesmos direitos que os casais heterossexuais, como viver na base militar ou ter os benefícios de cobertura médica para as famílias dos militares.

Mas uma diretiva do Departamento de Defesa publicada nesta sexta-feira prevê que "um capelão militar pode realizar uma cerimônia privada, em uma base militar ou fora dela, se essa cerimônia não tiver sido proibida pela lei local ou do estado".

O casamento gay é reconhecido em apenas seis dos 50 estados da União: Connecticut, Iowa, Massachusetts, New Hampshire, Vermont e Nova York; assim como na capital, Washington D.C.

No entanto, um capelão militar não é obrigado a oficializar um casamento gay se isso contradizer suas crenças pessoais.

Mesmo assim, uma cerimônia desse tipo, realizada por um oficial militar não constitui um reconhecimento dessa união por parte do Departamento de Defesa, completou o Pentágono.

A chamada lei "Don;t ask, don;t tell" (não pergunte, não diga), adotada em 1993, obrigada aos efetivos homossexuais e lésbicas e esconder sua condição sob a ameaça de serem expulsos das forças armadas. Sua derrubada entrou em vigor em 20 de setembro.