Marcadas para 28 de novembro, as eleições parlamentares do Egito estão ameaçadas de um boicote promovido pela coalizão de partidos comandada pelo grupo islâmico Irmandade Muçulmana. O bloco Aliança Democrática se opõe a uma medida que destina um terço das vagas em disputa a candidatos independentes. A atuação da Irmandade Muçulmana era proibida durante o governo do ex-presidente Hosni Mubarak.
Os líderes do bloco fixaram até domingo (2/9) o prazo para o Conselho Supremo das Forças Armadas do Egito, que comanda o país, atender às exigências deles. O processo eleitoral egípcio é complexo e envolve 12 etapas. A previsão é que seja encerrado apenas em dezembro. As eleições presidenciais estão previstas para 2012, mas não há uma data definida.
Paralelamente, o Conselho Supremo das Forças Armadas do Egito foi cobrado pela secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, sobre a suspensão imediata do estado de emergência ; em vigor no país desde fevereiro quando o então presidente Hosni Mubarak era alvo de protestos que levaram à sua renúncia. Segundo Hillary, esse é um ;passo fundamental; a ser tomado no país. Ontem (28) ela se reuniu com o chanceler egípcio, Muhammed Amr, em Washington.
O governo interino do Egito recentemente estendeu seus próprios poderes de emergência, que foram introduzidos pelo então presidente Hosni Mubarak. Hillary definiu o conselho que governa o Egito como "uma instituição de estabilidade e continuidade".