Uma série de protestos e anúncios de paralisações marca esta terça-feira (27/9) nas principais cidades da Grécia. Enfrentando a pior crise econômica da sua história recente, o país ameaça intensificar as decisões internas, que podem levar a demissões e mais reajustes de impostos e tarifas, incluindo as que envolvem movimentações imobiliárias. Sindicatos e organizações ligadas a partidos políticos, de diferentes linhas ideológicas, apoiam as manifestações.
Em decorrência dos atos, o trânsito está caótico nas ruas de Atenas, com longas filas de automóveis, pois funcionários do metrô e das companhias públicas de ônibus também estão em greve. Funcionários da Receita Federal e da alfândega, além de policiais, também anunciaram paralisações.
As paralisações antecedem uma greve geral marcada para o próximo dia 19, envolvendo várias categorias dos setores público e privado. O primeiro-ministro grego, George Papandreou, está na Alemanha para obter o apoio da chanceler Angela Merkel nas negociações do governo da Grécia com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O governo grego prepara para esta semana o anúncio de um pacote de privatizações. O objetivo é buscar alternativas para o endividamento do país, que enfrenta pressões dos credores que cobram reformas estruturais. A dívida da Grécia está em torno de 350 bilhões de euros, segundo dados oficiais.