Nova York - Os Estados Unidos lideraram nesta quinta-feira (22/9) uma retirada massiva do plenário onde é realizada a Assembleia Geral da ONU durante o discurso do presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, que lançou um ataque direto contra as nações ocidentais.
Um diplomata americano que estava na sala da Assembleia para monitorar o discurso a abandonou quando o líder iraniano anda falava e os 27 representantes da UE o seguiram em um protesto coordenado.
Sem citar nenhum país, Ahmadinejad atacou intensamente o papel dos Estados Unidos e de seus aliados nas guerras e na crise financeira e pediu às grandes potências que paguem indenizações pela escravidão.
"Apoiam oficialmente o racismo", disse o presidente iraniano. "Enfraquecem os países através de intervenções militares e destroem suas infraestruturas para saquear seus recursos e torná-los mais dependentes".
"O senhor Ahmadinejad tinha uma oportunidade para tratar das aspirações de liberdade e dignidade de seu próprio povo, mas preferiu se dedicar a fazer horrendos comentários antissemitas e divulgar teorias da conspiração", disse o porta-voz da missão americana, Mark Kornblau.
"Foi uma postura coordenada pela UE para caso o presidente iraniano questionasse as nações europeias por seu ;apoio ao sionismo; e fizesse referência ao holocausto", declarou uma fonte francesa.
O líder iraniano voltou a colocar em xeque a existência do holocausto e dos ataques de 11 de setembro de 2001 e criticou os Estados Unidos por matar Osama Bin Laden, em vez de levá-lo à justiça.