WASHINGTON - Os Estados Unidos reduzirão pela metade sua presença militar no Paquistão em virtude de um novo acordo com Islamabad, com o qual as relações estão em seu nível mais crítico desde a morte de Osama Bin Laden em maio, afirmou nesta quarta-feira um funcionário americano de alto escalão.
Segundo este compromisso, a presença americana autorizada no Paquistão será de "entre 100 e 150" militares, declarou à AFP o funcionário, que não quis se identificar.
O número de soldados das forças especiais americanas responsáveis pela formação das Forças Armadas paquistanesas na luta antiterrorista contra os grupos radicais implantados nas zonas tribais do noroeste do país será "muito mais limitado", acrescentou. Incluirá a partir de agora uma dezena de pessoas, ou seja, dez vezes menos do que antes.
Em maio, o Paquistão pediu por escrito ao Pentágono que reduzisse sua presença no país. As relações entre os dois países pioraram sensivelmente após a operação americana contra Obama Bin Laden, da qual as autoridades paquistanesas não foram informadas.
Já os Estados Unidos manifestaram desde então sua decepção pelo apoio dos serviços secretos paquistaneses a alguns grupos talibãs, que combatem as tropas da coalizão internacional no Afeganistão.
O funcionário explicou, no entanto, que apesar das dificuldades este acordo "não significa uma ruptura da cooperação" entre os dois aliados.