Sanaa - Confrontos com armas automáticas entre forças rivais explodiram nesta terça-feira (20/9) em Sanaa, onde as tropas do governo iemenita mataram 27 pessoas na segunda-feira durante manifestações que exigiam a renúncia do presidente Ali Abdullah Saleh.
Os confrontos recomeçaram na rua Al-Zoubeiri, onde os dissidentes estão acampados desde domingo, entre as forças de segurança e os soldados do general dissidente Ali Mohsen al-Ahmar.
Algumas posições do general Al-Ahmar, que se uniu à oposição em março, foram alvos de bombardeios no bairro Heddah, zona sul da capital.
Nesta região estão mobilizadas unidades da Guarda Republicana, corpo de elite do Exército dirigido por Ahmed Saleh, filho mais velho do presidente. Além de Sanaa, também foram registradas vítimas fatais em Taez (sudoeste) nos últimos dias.
No campo diplomático, a oposição iemenita ainda não se reuniu com os emissários da ONU, Jamal Benomar, e do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), Abdellatif al-Zayani, que estão no país para tentar concluir um acordo que encerre a crise.
No total, 53 pessoas morreram desde domingo na repressão do governo às manifestações contra o presidente. A União Europeia (UE) pediu nesta terça-feira uma solução política rápida para a crise.
"Os últimos acontecimentos mostram ainda mais a necessidade de uma solução política rápida ao conflito que responda aos desejos do povo iemenita", afirmou uma porta-voz de Catherine Ashton, chefe da diplomacia da UE.