ROMA - A promotoria de Bari (sul da Itália) concluiu nesta quinta-feira a investigação aberta sobre as pessoas que contratavam jovens para as festas privadas dadas pelo chefe de Governo italiano, Silvio Berlusconi, em troca de favores e contratos.
A promotoria entregou suas conclusões sobre o papel do empresário Giampaolo Tarantini e da atriz Sabina Began no recrutamento de prostitutas de luxo para as festinhas privadas de Il Cavaliere. Para a promotoria, Tarantini servia de intermediário para Berlusconi a fim de obter cargos e favores de empresas públicas e privadas.
No total, oito pessoas foram indiciadas por exploração da prostituição. Entre os beneficiários dos serviços do grupo, figuravam, além de Berlusconi, vários executivos da empresa italiana Finmeccanica, assim como o vice-presidente da região de Pullas e um banqueiro. Berlusconi não foi indiciado pela justiça, já que manter relações com prostitutas não constitui um delito na Itállia.
O escândalo das festas dadas pelo chefe de Governo explodiu em 2009, com as revelações da prostituta Patrizio D;Addario, que gravou as noites passadas com Berlusconi. Pelo menos 30 mulheres foram levadas por Tarantini à residência particular de Berlusconi, que, além de pagar a elas, também as presenteava com viagens e convites.
Entre elas figura Ruby, a jovem marroquina El Mahroug, pivô da acusação contra Berlusconi por prostituição de menor e abuso de poder.