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Número de pobres sobe para 46,2 milhões nos Estados Unidos em 2010

WASHINGTON - O número de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza voltou a aumentar nos Estados Unidos em 2010, situando-se em 46,2 milhões de habitantes, ou 15,1% da população, o nível mais alto desde 1993, informou nesta terça-feira o departamento de censos.

Em termos absolutos, 46,2 milhões de pessoas viviam na pobreza em 2010, o que representa um aumento de 0,8 ponto em relação a 2009, indica o relatório anual sobre pobreza e salários. Esse aumento anual, o quarto consecutivo, mostra que o número de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza aumentou 14,3% em relação a 2009.

O limite de pobreza nos Estados Unidos para 2010 corresponde a uma receita anual de 22.314 dólares para uma família de quatro pessoas, e de 11.139 dólares para uma única pessoa.

O índice de pobreza, no entanto, traça apenas um panorama parcial da miséria nos Estados Unidos, pois leva em conta apenas os pobres com mais de 15 anos, quando outras estatísticas mostram que um número crescente de crianças dependem da ajuda alimentar do Estado.

As cifras do governo mostram que a taxa de pobreza é muito mais elevada entre as pessoas que têm entre 15 e 18 anos (22%), do que entre as que têm de 18 a 64 anos (13,7%).

Do ponto de vista étnico, a taxa de pobreza é mais elevada entre os afro-americanos (27,4%), seguidos dos hispânicos (26,6%). A cifra entre os asiáticos (12,1%) e os brancos (9,9%) é inferior.

Apesar de a economia americana ter saído da recessão no verão de 2009, o número de pessoas vulneráveis continua aumentando, por não ter havido uma melhora real do mercado de trabalho. O índice de desemprego nos Estados Unidos é maior ou igual a 9% desde maio de 2009, um recorde histórico.

O departamento de censos revelou ainda que a receita real média caiu 6,4% em relação às cifras anteriores à recessão de 2007, e que o número de pessoas sem cobertura médica alcançou 49,9 milhões em 2010 (16,3%), contra 49 milhões em 2009.