NICÓSIA - Uma mulher foi morta neste domingo (11/9) por tiros das forças de segurança que realizava uma operação no leste da Síria. Um adolescente ferido na véspera durante o funeral de um militante não resistiu e também morreu, segundo os manifestantes.
"Um jovem de 17 anos não resistiu neste domingo aos ferimentos que sofreu na véspera quando as forças de segurança atiraram na multidão que participava do funeral de Ghiyat Matar em Darayya" nas proximidades de Damasco, confirmou em um comunicado o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
No comunicado foram relatados maus tratos e torturas a um militante de cerca de 60 anos na prisão de Homs.
Ghiyat Matar de 26 anos teve um papel fundamental na organização de manifestações contra o regime de Bachar al-Assad. Ele morreu na prisão após ser torturado, segundo a organização Human Rights Watch. Seu corpo foi devolvido à família no sábado, coberto de feridas e contusões, segundo parentes do militante.
A Síria é sacudida desde o dia 15 de março por um movimento de contestação contra o regime de Assad, que tem reprimido as manifestações violentamente. Segundo a ONU, a violência já provocou a morte de 2.200 pessoas, principalmente civis.