PARIS - Mohamed Bin Hammam, ex-presidente da Confederação Asiática de Futebol (AFC) suspenso de forma vitalícia por ter sido acusado de corrupção pela Fifa, afirmou nesta quarta-feira no seu blog que foi punido por não ser europeu.
"Se eu fosse europeu ou se as Ilhas do Caribe (onde aconteceram os fatos de corrupção pelos qual foi suspenso pela Fifa) fizessem parte da Europa, Blatter (suíço, presidente da Fifa) e Valcke (francês, secretário-eral da entidade) nunca teriam feito nada contra nós", escreveu Bin Hammam, do Qatar, ao namibiano Petrus Damaseb, que presidiu o comitê de ética que condenou o ex-dirigente.
O escândalo explodiu no fim do mês de maio, antes da eleição para presidente da Fifa, na qual Bin Hammam era o único candidato de oposição ao Blatter.
O dirigente foi acusado de ter comprado votos durante uma reunião da Confederação Caribenha de Futebol, na qual teria distribuído envelopes com 40.000 dólares.