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Oposição acusa o equatoriano Rafeal Correa de tentar implantar uma ditadura

Washington - O presidente equatoriano, Rafael Correa, mostra características de "uma ditadura" e busca controlar todos os poderes com o "indubitável propósito" de seguir no poder após 2013, denunciou nesta quarta-feira (7/9) em Washington o ex-presidente deste país Osvaldo Hurtado.

"Um presidente que quer eliminar a liberdade de imprensa, silenciar a sociedade civil e que quer controlar a justiça tendo já todos os outros poderes em suas mãos tem o indubitável propósito de permanecer no poder (...) para além de 2013, quando devemos ir às eleições", disse Hurtado.

Correa chegou ao poder por eleições, mas "não reúne os elementos que definem um sistema político como democrático e exibe características próprias de uma ditadura", afirmou Hurtado (1981-1984) no centro de análises Diálogo Interamericano.

Hurtado afirmou que Correa forma parte de um grupo de presidentes latino-americanos "eleitos pelo povo que manipulam a Constituição e as leis para formar governos não democráticos".

A embaixada do Equador em Washington defendeu o processo de reforma judicial iniciado em julho, diante da acumulação de processos e da falta de infraestrutura.

A reforma "é uma necessidade inadiável", disse um comunicado do encarregado de negócios da embaixada, Efrain Baus.

O processo "fortalecerá a capacidade do Poder Judiciário para perseguir os crimes e fazer justiça", disse Baus.

Hurtado reconheceu que Correa "é um líder com carisma" que "não tem um grande adversário, um dirigente jovem" para competir eleitoralmente com ele.

No entanto, disse ser "otimista" de que possa vencer Correa em 2013 porque, para ele, vem perdendo popularidade.

Um elemento fundamental nestas eleições "será a luta pela liberdade e democracia", acrescentou.