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Obama lança ofensiva às vésperas de anunciar plano para estimular empregos

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, começou nesta semana um novo esforço para convencer os norte-americanos de que há uma determinação do governo de buscar soluções para os impactos da crise econômica mundial no país. Os principais desafios são estimular o mercado de trabalho e enfrentar as críticas da oposição.

Obama disse que falta o Congresso agir rapidamente para aprovar as propostas e permitir a criação de empregos. As palavras do presidente são uma prévia do discurso que fará em sessão conjunta do Congresso na próxima quinta-feira (8/9), no qual deverá lançar um novo plano para criar empregos.

Há expectativa sobre o plano a ser lançado por Obama, pois ainda não foram divulgados os detalhes. A estimativa é que o presidente apresente uma série de propostas ao Congresso que levem ao fortalecimento das pequenas empresas, que estimulem a geração de empregos e, ao mesmo tempo, coloque as contas em ordem, reduzindo o déficit orçamentário.

A agenda de Obama começou nessa segunda-feira (5/9), feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, com uma visita a Detroit, no estado de Michigan, cidade que concentra a indústria automobilística do país e que foi fortemente afetada pela crise econômica.

Em encontro de trabalhadores para comemorar a data, Obama conversou sobre desemprego e disse que há muitas estradas e pontes que necessitam de reformas e reconstrução no país, ao mesmo tempo em que há muitos trabalhadores da construção civil em busca de emprego. Em Detroit, Obama disse que suas propostas serão um teste para "os republicanos no Congresso colocarem o país à frente de seu partido".

O discurso do próximo dia 8 será feito em meio ainda ao impacto da divulgação, no último dia 2, dos dados do Departamento do Trabalho, segundo os quais os Estados Unidos não geraram empregos em agosto ; a primeira vez desde 1945 que a diferença entre o saldo de vagas criadas e o de vagas fechadas foi zero.

A taxa de desemprego permaneceu inalterada em 9,1%, patamar ;inaceitavelmente alto; e sem perspectivas de melhora no curto prazo, de acordo com o próprio governo. Os dados negativos provocaram imediata reação do mercado de ações, com queda nas bolsas, e aumentaram a pressão para que o governo adote medidas de estímulo à economia, diante do temor de que o país mergulhe em nova recessão.

Na segunda rodada, encerrada em junho, o Banco Central dos Estados Unidos (o Federal Reserve - Fed) injetou US$ 600 bilhões (cerca de R$ 985 bilhões) na economia americana por meio da compra de títulos do Tesouro de longo prazo.

Porém, as propostas de Obama para gerar empregos serão apenas o primeiro tema de discussão nesta nova temporada no Congresso americano. Na relação de desafios à espera de democratas e republicanos está uma solução de longo prazo para reduzir o déficit e colocar as contas em dia.