Ao concluir neste domingo (4/9) à noite a visita a Moscou, na Rússia, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que o agravamento da crise na Síria tem uma única solução a ser adotada: o fim da violência e a adoção de medidas democráticas. De acordo com ele, o presidente sírio, Bashar Al Assad, deve seguir o que se comprometeu a fazer e garantir o respeito à democracia na região.
;O ideal é procurarmos estratégias para cessar a violência e adotar meios para fomentar o processo de desenvolvimento [na Síria];, disse Patriota, que da Rússia seguiu para visita nesta segunda-feira (5/9) ao Marrocos. ;Nos preocupam o uso da força e de violência contra civis. O governo sírio tem de proporcionar liberdade de imprensa, diálogo nacional, calendários nacional e apaziguar os ânimos.;
Patriota lembrou que o ;Brasil leva muito a sério sua participação como membro da Organização das Nações Unidas; e, por isso, defende a paz como meio de desenvolvimento econômico e social. Pelos dados das organizações não governamentais, cerca de 2,5 mil pessoas morreram na Síria em decorrência dos confrontos com as forças policiais, desde o início dos protestos, há cerca de seis meses.
As crises na Síria e Líbia foram assuntos da reunião do chanceler brasileiro com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov. Os chanceleres conversaram também sobre a possibilidade de ampliar as relações bilaterais, multilaterais e da agenda do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Com um comércio que envolve US$ 6,06 bilhões, de acordo com dados de 2010, a Rússia é o 16; principal parceiro comercial do Brasil. Patriota disse que o Brasil quer diversificar o relacionamento no plano comercial, ampliando as exportações brasileiras para além da área agrícola.
Segundo Patriota, o Brasil também quer fechar um acordo com a Rússia no que se refere à ciência e tecnologia. O chanceler lembrou que recentemente foi lançado o programa Brasil sem Fronteiras, que concederá 75 mil bolsas de estudo para estudantes brasileiros no exterior.
Da Rússia, Patriota seguiu para o Marrocos. O chanceler passa hoje o dia em Rabat, capital marroquina, com o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação do Marrocos, Ta;eb Fassi Fihri.