Paris - O presidente francês Nicolas Sarkozy, o primeiro-ministro britânico David Cameron e o secretário-geral da Otan Anders Fogh Rasmussen anunciaram nesta quinta-feira (1/9), em Paris, a manutenção dos ataques da Otan enquanto Muamar Kadafi representar uma ameaça para seu povo.
"Chegamos a um acordo pela manutenção dos ataques da Otan enquanto Kadafi e seus partidários forem uma ameaça para a Líbia", declarou o presidente Sarkozy durante uma entrevista coletiva à imprensa ao final da conferência internacional sobre o futuro da Líbia.
O ex-líder líbio foragido Muamar Kadafi afirmou nesta quinta-feira que não se renderá, dizendo-se preparado para uma longa batalha contra os rebeldes e a Otan mesmo que o país "queime", em uma mensagem de áudio divulgada pela televisão via satélite Arrai.
"A Otan e seus aliados manterão suas operações para implementar as resoluções da ONU pelo tempo que precisarmos mantê-las para proteger as vidas dos civis", acrescentou David Cameron.
"Nós anunciamos que as operações serão mantidas pelo tempo necessário, enquanto houver uma ameaça para os civis", declarou o secretário-geral da Otan, general Anders Fogh Rasmussen.
Desde 31 de março, a Otan - em particular as forças francesas e britânicas - mantém o comando das operações militares na Líbia, iniciadas em 19 de março sob a égide de uma coalizão internacional.
A Otan atua em cumprimento da resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU, que impõe uma zona de exclusão aérea, um embargo de armas e permite proteger os civis.
A missão da Otan, com duração de 90 dias renováveis, expira em 27 de setembro.