A polícia da Espanha prendeu nesta quinta-feira(1/9) três espanhóis ligados a uma rede de pedofilia, responsável pela distribuição de imagens de crianças brasileiras na internet. De acordo com autoridades, o grupo compartilhava centenas de milhares de fotos em alta definição de crianças e adolescentes do Brasil, da Colômbia, do México e de Trinidad e Tobago.
A operação foi coordenada pela Brigada de Investigação Tecnológica da Polícia Nacional da Espanha; pelo grupo policial que atua contra a exploração infantil da Nova Zelândia, Online Child Exploitation Across New Zealand (Oceanz) e pela divisão de combate à pornografia infantil do FBI, Innocent Images Task Force (IITF).
Também participaram setores de inteligência de mais seis países, incluindo a Polícia Federal do Brasil. A polícia espanhola não divulgou dados sobre as investigações no Brasil, informando que a operação continua aberta e é possível que haja mais batidas, apreensões e prisões em qualquer lugar do mundo.
Três homens espanhóis foram presos. Em apenas um computador foram localizados 120 gigabytes de arquivos pornográficos com mais de 120 mil fotos de crianças. A rede de pedofilia foi descoberta em uma operação policial internacional contra a pornografia infantil, que já fez 19 detenções em nove países.
O esquema de organização da rede surpreendeu os investigadores. Os membros se comunicavam pelas redes sociais. Segundo os investigadores, os pedófilos compartilhavam arquivos usando um programa de computador (software) gratuito, que só era acessado por meio de um convite pessoal lançado dentro dos perfis denominados "apenas entre as pessoas de confiança", diz um comunicado da polícia.
O mecanismo, usado pelos membros da rede, dificultou o rastreamento dos serviços de inteligência internacionais e ainda driblou o controle dos servidores das redes sociais na internet. De acordo com a polícia, o programa usado pelos acusados de pedofilia era o P2P, "habitual entre os usuários que traficam pornografia infantil devido às medidas de segurança que proporciona".