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Cuba vê na corrupção uma perigosa 'contrarrevolução'

Havana - O jornal Granma, órgão do Partido Comunista de Cuba, caracterizou nesta quinta-feira (1;/9) a revolução como uma ;perigosa contrarrevolução;.

"A corrupção é hoje outro dos principais inimigos da nação, é uma contrarrevolução", alerta o órgão do PCC, assinalando que em seu combate "não valem paliativos nem contemplações".

O jornal destaca que ações preventivas e legais foram colocadas em andamento para lutar contra a corrupção, mas que é preciso "tomar medidas de maneira pontual, sem hesitação, mas com transparência e determinação, ante ao mínimo sinal".

Segundo o Granma, a corrupção ainda não assumiu na ilha uma dimensão epidêmica, mas casos isolados "estão minando o tecido social e podem derivar num pernicioso efeito contaminante".

Em abril passado, o PCC expulsou de suas fileiras o acadêmico Esteban Morales, um especialista em relações Cuba-Estados Unidos, por publicar um artigo em que destacava que a corrupção era "a verdadeira contrarrevolução e que mais danos podia causar porque estava dentro do governo e do aparato estatal". Em julho, voltou a admiti-lo.

Desde que assumiu o comando em 2006, quando seu irmão Fidel ficou doente, o presidente Raúl Castro lançou uma campanha contra a corrupção, que condenou à revelia ou levou para a prisão inúmeros empresários estrangeiros e altos funcionários e empregados cubanos.