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Liba Árabe: recorrer à força contra revoltas é 'inútil'

O chefe da Liga Árabe, Nabi el Arabi, assegurou neste sábado que "o recurso à força" para reprimir as revoltas no mundo árabe é "inútil", em clara alusão à situação na Síria.

Na abertura de uma reunião ministerial extraordinária da Liga Árabe, El Aribi afirmou que a experiência demonstrou que "a opção à segurança e ao recurso à força são inúteis" frente "às revoluções e às revoltas que exigem mudanças radicais", qualificadas por El Aribi de "legítimas".

"Devemos reagir de forma positiva às demandas da juventude árabe", disse El Arabi, considerando que "a execução rápida dos projetos de reforma" são o meio mais eficaz para evitar "intervenções externas".

Os ministros de Relações Exteriores dos 22 membros da Liga Árabe realizam uma reunião extraordinária para discutir a situação na Síria e na Líbia.

O presidente do conselho executivo (governo) do Conselho Nacional de Transição (CNT, órgão político da rebelião líbia), Mahmoud Jibril, lidera a delegação líbia mobilizada no Cairo.

A bandeira verde do regime de Muamar Kadhafi foi substituída na sala de reuniões pela "bandeira da independência".

Segundo informaram alguns diplomatas presentes na reunião, os ministros concordaram neste sábado em enviar no domingo uma delegação ministerial à Síria, formada pelo próprio El Arabi e outros seis chanceleres, para transmitir ao presidente Bashar al Assad "uma mensagem sobre a necessidade de deter as operações militares" contra os civis.