Roma - O chanceler italiano franco Frattini, disse que seu país não está disputando nenhuma "corrida colonialista" com a França para ver "quem chega primeiro à Líbia". Frattini ressaltou que Roma, "diferentemente de outros países europeus, já pediu perdão" por seu passado colonial.
"Não, não há nenhuma corrida para ver quem chega primeiro à Líbia", disse Frattini à rádio pública Rai. "Não podemos nem imaginar que se trate de uma corrida (...) colonialista que a Itália já repudiou, diferentemente de muitos outros países europeus, ao pedir perdão por (...) seu passado colonial", acrescentou.
"O protagonista tem que ser o povo líbio", ressaltou. Na Líbia "há classes dirigentes, jovens preparados, gente que viajou e conhece o mundo. Queremos ajudar e não substituir" os habitantes da Líbia, acrescentou.
O ministro das Relações Exteriores italiano também afirmou em uma entrevista ao IlSussidario.net que a "Itália seguirá agindo militarmente na Líbia, inclusive após a captura de (Muamar) Kadafi, enquanto for necessário".
Frattini havia indicado na quinta-feira que seu país entregará 350 milhões de euros ao Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio na próxima semana. Trata-se de dinheiro que a Itália adiantará com base dos fundos líbios bloqueados na Europa por decisão das Nações Unidas.
Poucos minutos antes, o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, havia confirmado que a Itália estava disposta a desbloquear os fundos líbios ao término do encontro em Milão com Mahmud Jibril, número dois do CNT, o órgão político dos rebeldes.